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Ipea revisou nesta quinta-feira (27), a previsão de crescimento do PIB do Brasil para 2018 e 2019. Este ano deve crescer 1,6% e em 2019 2,9%
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Portal das Gerais- O seu portal de Segurança Pública e Notícias – edição Jane Huscher
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou hoje (27) a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2018 e 2019. Os números foram divulgados em entrevista coletiva na qual o Ipea apresentou sua Carta de Conjuntura Número 40.
Segundo o Ipea, o PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país, deve crescer 1,6% neste ano e 2,9% em 2019. Na previsão anunciada três meses atrás, o instituto estimava altas de 1,7% e 3%.
Já no início deste ano, o Ipea projetava crescimento de 3% nos dois períodos.
De acordo com o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas, José Ronaldo de Castro Souza Júnior, o cenário se deteriorou ao longo do ano com a perda de confiança do mercado na continuidade das reformas e também com a greve dos caminhoneiros, em maio.
O economista afirmou que as projeções do instituto dependem da manutenção da crença de que o governo conseguir reverter o déficit nas contas públicas. Com as regras em vigor hoje, o Ipea prevê que somente em 2023 o Brasil terá superávit primário. “Caso não haja confiança em relação à política fiscal, essa trajetória fica comprometida”, disse Castro, que considera difícil manter o teto de gastos públicos sem rever as regras da Previdência Social.
Para ele, a questão fiscal é o que impede que a economia tenha uma retomada mais rápida, já que o Brasil tem alta ociosidade em sua capacidade produtiva.
“O cenário fiscal é o grande problema, é a grande barreira que tem impedido a retomada de ser mais intensa, mais forte, como a gente esperaria depois de um período de crise tão forte quanto o que a gente vive.”
Na projeção apresentada hoje pelo instituto, a indústria deve crescer 1,8% neste ano e 2,8% no ano que vem; os serviços terão expansão de 1,6% e 2,9%. A agropecuária deve cair 0,5% em 2018 e registrar expansão de 3,6% em 2019.
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